No ano de 1147, D. Afonso Henriques conquista Santarém e Lisboa aos muçulmanos, que entregam, sem luta, Almada, Palmela e Sintra. Segundo a lenda, é por esta altura que, o governador mouro do castelo de Sintra, de nome Albarráque, ao fugir dos cristãos, caiu morto no rio de Oeiras (também chamado ribeira da Lage), dando assim origem ao nome Rio de Mouro. Albarraque (Albarrak = "o brilhante" ou al-barraque, plural de al-barca = "solo duro") é também o nome de uma povoação da actual freguesia de Rio de Mouro.

Durante o século XV, a corte começa a frequentar mais assíduamente o Paço de Sintra sendo desta época alguns documentos, na forma de contratos de arrendamento de terrenos agrícolas, pertencentes a residentes em Rio de Mouro.

A povoação vai crescendo em volta da Igreja de Nossa Senhora de Belém, erigida no século XVI a mando do Cardeal D. Henrique, tio-avô do Rei D. Sebastião, para repouso dos frades do mosteiro belense e assim é criada a antiga freguesia de Nossa Senhora de Belém de Rio de Mouro.

Nas "Memórias Paroquiais" de 1758, o pároco local refere que a povoação é constituída por 591 habitantes.

No século XVIII, é instalada na povoação uma Fábrica de Tinturaria e Estamparia, considerada a primeira indústria fabril fundada na região de Sintra.

Segundo o Visconde de Juromenha, existiam em 1838, 44 fogos em Rio de Mouro, a povoação possuía "optimas aguas ferreas" e nela se produzia "fructa de espinho, de caroço, e vinho".

Em 1873, é inaugurada a primeira ligação ferroviária (Larmanjat) entre Lisboa e Sintra que, nos seus 26 km de extensão, servia várias estações, entre as quais Rio de Mouro. A linha férrea utilizava as estradas existentes necessitando apenas de um carril central e duas passadeiras de madeira. Em Outubro de 1874, anunciava-se a venda de bilhetes especiais de ida e volta, a preços reduzidos, para a feira das Mercês. Deixou de ser explorada em 1877 devido a problemas técnicos e financeiros.

No recenseamento oficial de 1890, tinha a freguesia 1.380 habitantes.

Na primeira metade do século XX, Rio de Mouro caracterizava-se por uma freguesia rural, conhecida pelas suas frutas, vinhos e boas águas onde os Lisboetas vinham descansar.

Será na segunda metade do século XX e, devido à grande migração de populações das províncias para a região de Lisboa na busca de emprego, que se dá a grande explosão demográfica com a instalação de várias indústrias, tais como a Tabaqueira ou a Portucel, para a qual também contribuíu a electrificação da Linha do Caminho de Ferro de Sintra na década de 50. O apeadeiro de Rio de Mouro já tinha sido elevado à categoria de estação em 1944. Em 1961, surge a iluminação com candeeiros de luz de mercúrio, nas principais ruas da parte nova da freguesia.

Em 1995, a povoação é elevada à categoria de vila. A freguesia tem actualmente mais de 46.000 habitantes nos seus 16,58 km2, concentrados principalmente na zona norte (Rio de Mouro Novo, Rinchoa e Fitares), em grandes aglomerados urbanos, que originaram o desaparecimento da mancha verde que outrora exista. A zona sul (Albarraque e Rio de Mouro Velho) ainda não foi totalmente invadida pelo betão e, embora aí estejam instaladas as principais indústrias (a fábrica setecentista foi demolida em 1981), ainda podemos observar o antigo núcleo habitacional e algumas quintas.

Para além da Igreja Matriz de Nossa Senhora de Belém em Rio de Mouro Velho, outros monumentos merecem referência: a Capela de Santa Margarida em Albarraque e o Cruzeiro do Alto Forte na Estrada Nacional 249, que segundo a tradição foi mandado construir no século XIX pelos filhos de uma viúva que indo com a filha de Lisboa a Sintra morreu de repente. No cruzeiro está a seguinte inscrição: "Aqui chamou Deus d’esta vida / Orae pela sua alma / Em sua saudosa memoria / Erigiram seus filhos / Este cruzeiro".

Na Rinchoa, fica localizada a Casa Museu Leal de Câmara, velho casal saloio onde o artista viveu entre 1930 a 1948. Nascido em 1876, em Pamgim (Nova Goa), Leal da Câmara atingiu notabilidade no meio intelectual português através do desenho caricatural que utilizava para criticar as mais destacadas figuras públicas e políticas da época. Ao instalar-se na Rinchoa dedicou-se essencialmente à reprodução artística das vivências rurais da região.

Durante a primeira quinzena de Outubro, realiza-se a Feira das Mercês. Alguns julgam que a sua origem remonta aos tempos de ocupação árabe, sendo nessa altura uma feira de escravas. Em 1771 foi transferida para o concelho de Oeiras a mando do Marquês de Pombal, regressando anos mais tarde ao local original por ordem da Rainha D. Maria I. É a mais característica festa, feira e romaria da região saloia, onde as raparigas casadoiras de sentavam no "muro do derrete" esperando um namorado. Na Quinta das Mercês encontra-se a Capela de Nossa Senhora das Mercês.

História e Lenda da Paróquia de Rio de Mouro

  No ano de 1147, D. Afonso Henriques conquista Santarém e Lisboa aos muçulmanos, que entregam, sem luta, Almada, Palmela e Sintra. Segundo a lenda, é por esta altura que, o governador mouro do castelo de Sintra, de nome Albarráque, ao fugir dos cristãos, caiu morto no rio de Oeiras (também chamado ribeira da Lage), dando assim origem ao nome Rio de Mouro. Albarraque (Albarrak = "o brilhante" ou al-barraque, plural de al-barca = "solo duro") é também o nome de uma povoação da actual freguesia de Rio de Mouro.
     

Durante o século XV, a corte começa a frequentar mais assíduamente o Paço de Sintra sendo desta época alguns documentos, na forma de contratos de arrendamento de terrenos agrícolas, pertencentes a residentes em Rio de Mouro.

A povoação vai crescendo em volta da Igreja de Nossa Senhora de Belém, erigida no século XVI a mando do Cardeal D. Henrique, tio-avô do Rei D. Sebastião, para repouso dos frades do mosteiro belense e assim é criada a antiga freguesia de Nossa Senhora de Belém de Rio de Mouro.

Nas "Memórias Paroquiais" de 1758, o pároco local refere que a povoação é constituída por 591 habitantes.

 

 

Equipa Sacerdotal

 

Pároco Padre Tiago Neto                                                                                   Vigário Paroquial Padre Nuno Vicente 

 

SAP - Serviço de Acolhimento e Partilha

 

NATUREZA

A Paróquia é chamada a manifestar para com todos, em especial com os mais pobres, uma atitude de caridade fraterna, nascida enquanto tal da fé que vive e celebra.

É a palavra da Escritura feita carne na comunidade, que se há-de exprimir numa efectiva diligencia para com os mais necessitados

PRINCIPIOS

A acção do SAP (Serviço de Acolhimento e Partilha), inspira-se na Doutrina Social da Igreja, e obedece aos seguintes critérios:

  1. O respeito pela dignidade da pessoa humana, e o dever de contribuir para o seu desenvolvimento moral, espiritual e cultural.

  2. O fortalecimento do sentido comunitário, de modo que os indivíduos, as famílias e os demais agrupamentos da Paróquia, empenhando-se num trabalho em comum, se tornem promotores da sua própria valorização e dos demais necessitados.

  3. A criação de estruturas de comunicação cristã de bens e de ajuda mútua, em especial o apoio aos mais carenciados, mobilizando para o efeito os indispensáveis recursos humanos e materiais.

  4. Promover outras iniciativas que tenham em vista a integração humana e social destas pessoas na comunidade mais vasta que é a Paróquia e a Freguesia.

  5. Auxiliar os indivíduos e as famílias, por tempo determinado em situação de carência, promover a autonomização económica e social dos indivíduos e das famílias; promover condições que permitam o exercício pleno do direito de cidadania.