História e Lenda da Paróquia de Rio de Mouro

  No ano de 1147, D. Afonso Henriques conquista Santarém e Lisboa aos muçulmanos, que entregam, sem luta, Almada, Palmela e Sintra. Segundo a lenda, é por esta altura que, o governador mouro do castelo de Sintra, de nome Albarráque, ao fugir dos cristãos, caiu morto no rio de Oeiras (também chamado ribeira da Lage), dando assim origem ao nome Rio de Mouro. Albarraque (Albarrak = "o brilhante" ou al-barraque, plural de al-barca = "solo duro") é também o nome de uma povoação da actual freguesia de Rio de Mouro.
     

Durante o século XV, a corte começa a frequentar mais assíduamente o Paço de Sintra sendo desta época alguns documentos, na forma de contratos de arrendamento de terrenos agrícolas, pertencentes a residentes em Rio de Mouro.

A povoação vai crescendo em volta da Igreja de Nossa Senhora de Belém, erigida no século XVI a mando do Cardeal D. Henrique, tio-avô do Rei D. Sebastião, para repouso dos frades do mosteiro belense e assim é criada a antiga freguesia de Nossa Senhora de Belém de Rio de Mouro.

Nas "Memórias Paroquiais" de 1758, o pároco local refere que a povoação é constituída por 591 habitantes.